terça-feira, 4 de maio de 2010

Repensar as situações de aprendizagem: o fazer e o compreender


Piaget integra o conhecimento na influencia entre as trocas que os indivíduos realizam com o meio, estas são responsáveis pelas mudanças nas estruturas mentais. Esta visão deu origem às teorias sociointeracionistas, elaboradas por diferentes autores como Freire (1970), Vygotsky(1991), Wallon (1989), e que entendem o conhecimento como algo que é construído pelo sujeito, em interação com o mundo dos objetos e das pessoas. Embora estas teorias entendam o conhecimento como fruto da interação com o meio, questionam a compreensão e a especificidades desta interação, quanto a qualidade e o saber construir em um nível elevado em grau de interação que o aprendiz tem com estes conceitos. Piaget diz que há uma diferença em fazer com sucesso e compreender o que foi feito. Nos seus livros a Tomada de consciência traduzida em português “Fazer Compreender”. A criança pode fazer com sucesso “mas”, pode não compreender como foi feita determinada tarefa, nem estar atenta aos
conceitos envolvidos na tarefa.A passagem do conhecimento para a concretização é feita pela tomada de consciencia que chega a um nível de conceito.
As crianças e o objeto de estudo (dominó) na 1ª etapa constroem a sequencia e não entendem a distancia entre eles como elemento importante. Na segunda etapa ocorre construção e observação quanto a distancia dos dominós..corrige a distancia dp domino de modo paralelos uns aos outros em linha reta .Podem estar em forma diagonal ou linha circular. Na 3ª etapa podem coordenar todos os elementos envolvidos na tarefa, distância, direção e peso do dominó. Elas entendem sobre a leveza, espessura, distancia e posição dos dominós e como ordená-los em posição ao invés de simplesmente tocá-lo. Além da sucessão de fases, Piaget observou que, primeiro, não é o objeto que conduz a criança à fase de compreensão. Ser capaz de compreender o funcionamento dos dominós não implica, necessariamente, compreender como fazer um castelo com cartas de baralho. Cada situação exige uma resposta.. A mudança em evolução do aprendizado não é chegar a uma resposta, mas a interação com que está sendo feito, de modo a permite as transformações dos esquemas mentais, como foi observado por Piaget.
Ao professor no encaminhar de seu projeto pedagogicamente, acerba conceitos e mudanças constantes no fazer pedagógico no aprofundar-se em conhecimentos pré-elaborados no entendimento e na compreensão do fazer aprender e reaprender sobre o estudo do objeto proporcionado, envolvendo o meio e a percepção em dados elementares a uma construção de um saber além...
As tecnologias envolvem um repensar constante e insere novas situações problemas que temos de desenvolver na compreensão e a interação deste com a criança em abrangencia de estudos significativos e qualitativos no âmbito educacional.

Projeto: uma nova cultura de aprendizagem

A forma de desenvolver projetos inclui um ambiente de aprendizagem onde alunos professor e novas tecnologias predispõe de autonomia á construção de conhecimentos de distintas áreas do saber, por meio da busca de informações significativas para a compreensão, representação e resolução de uma situação-problema.
Fundamenta-se nas ideias piagetianas sobre desenvolvimento e aprendizagem, inter-relacionadas com outros pensadores dentre os quais destacamos Dewey, Freire e Vygotsky
É uma mudança radical que deve tornar a escola capaz de:
1)Atender às demandas da sociedade.
2)Considerar as expectativas, potencialidades e necessidades dos alunos.
3)Criar espaços de compreensão a trocas recíprocas do contexto.
4)Desenvolver atividades em equipes.
5)Proporcionar meios e habilidades no reconstruir integrando de conteúdos no conhecimento.
6)Incorporar as novas tecnologias numa expansão cultural.
Os conhecimentos cotidianos emergem estudos a uma motivação intrínseca na interação de conhecimentos científicos. Trabalhar com projetos significa lidar com ambiguidades, soluções provisórias, variáveis e conteúdos não identificáveis a priori e emergentes no processo. Traçar um plano de ações que vai se completando e transpondo barreiras a uma postura interdisciplinar para compreender e transformar a realidade em prol da melhoria da qualidade de vida pessoal, grupal e global.
Projeto evidencia etapas de planejamento, escolha do tema e respectiva problemática a ser investigada. Não é o professor quem planeja para os alunos executarem, ambos são parceiros e sujeitos de aprendizagem e cada um atuando segundo o seu papel e nível de desenvolvimento. O professor pode incitar o aluno tomada de consciencia, articular informações com conhecimento e gerenciar o seu desenvolvimento.
A interdisciplinaridade (Fazenda, 1994, p. 28) caracteriza-se pela articulação entre teorias,conceitos e ideias, em constante diálogo entre si: “não é categoria de conhecimento, mas de ação (...) que nos conduz a um exercício de conhecimento: o perguntar e o duvidar”.
Postura que favorece a transposição do conteúdo em ação interdisciplinar num conceito de uma educação que vai além do pressuposto disciplinar envolvendo a comunidade escolar e demais funcionários.

Ensinar e aprender com o computador: a articulação inter-trans-disciplinar



A escola se constitui num espaço reservado no qual professor e alunos tem autonomia de desenvolver de forma cooperativa, com trocas recíprocas, solidariedade, respeito mútuo, liberdade e responsabilidade no processo educacional.
O computador no ensino aprendizagem exige uma mudança de postura entre professor e aluno na construção do saber em cooperação, tomada de decisões, solidariedade, respeito e liberdade na desenvoltura de ser criativo, formular e resolver problemas.
Tecnologia que expande comunicação, informação com ambiente de aprendizagem e privilegiam a construção do conhecimento, a comunicação e a inter-relação entre disciplinas.
O professor pode promover o conhecimento em distintas áreas, partindo da realidade, desejos e necessidades dos alunos em determinar elementos de estudos a informações significativas, dentre o contexto e representações.
O construir e reconstruir implica em termos na utilização de software(s) onde o aluno
disponibilizará de ferramentas e ao educador cabe em termos o domínio do instrumento e de teorias educacionais que lhe permitam identificar em que atividades são mais adequados no processo de ensino aprendizagem.
As etapas de construção e reconstrução do conhecimento são representadas no computador com o uso dos softwares adequados à atividade em desenvolvimento. A representação elaborada vai gradativamente tomando uma dimensão mais profunda e significativa para o aluno-autor, para o professor-promotor e para as demais pessoas que possam beneficiar-se dessa produção que é divulgada visando à socialização e o compartilhamento da experiência.
Algumas propostas de ensino sugerem temas transversais tais como figuras geométricas no meio ambiente, guerras religiosas, eleições, festa junina, desequilíbrio ecológico, Brasil 500 anos, cuidando do nosso lixo, da horta até o computador, a arca de Noé, conscientização e valorização do espaço escolar etc. exige uma mudança do professor na busca e atuação de estudos do enunciado.
O professor rompe com as barreiras disciplinares e o aluno fica sujeito da aprendizagem. Ele pode assessorá-los e promover reflexões e avaliações contínuas no registro de processo de construção de aprendizagem.

Como se Trabalha com Projetos

“Projeto é um design, um esboço de algo que desejo atingir”. Está sempre comprometido com ações, mas é algo aberto e flexível ao novo. (segundo Maria Elizabete Almeida).
Projeto é um traçado do que quero, onde quero chegar e quais ações para abranger
o conhecimento numa compreensão de estabelecer metas e meios na qualificação e cola- boração de ensino aprendizagem dentre atividades e propostas educativas do qual o aluno é o sujeito, por isso pode ser flexivel e acessivel em sua essência educacional.
A unidade temática refere-se ao tema a ser abordado numa proposta pedagógica entre alunos e professores. Cabe ao professor orientar-se dos conteúdos em PCN; no currículo.
O projeto exige o acompanhamento de ensino aprendizagem uma vez que o aluno é o sujeito e construtor de seu conhecimento.
O projeto contribui para:
1.Ações de pesquisas em diferentes fontes pelo aluno.
2.Informações conhecimento e uma melhor compreensão frente a novas questões.
3.Evidencia desenvolvimento do aluno na redefinição de seu aprendizado.
4.Reconhecimento do estudo a abrangência publicitária
5.Representação de seu conhecimento em palavras, gráficos, imagens, animações
em identificações e descobertas ao desenvolver suas potencialidades entre reflexão e ação no uso do computador.
LST.

ALMEIDA, Maria Elizabeth. Como se trabalha com projetos. Revista TV Escola, [S.l.], n. 22, p.35-38, 2001. Entrevista concedida a Cláudio Pucci. (leitura da mesma)



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Interdisciplinaridade


Interdisciplinaridade assuntos de questões social, política e econômica que não se restringem em uma única área de conhecimento. Integra um nível mais elevado de interação entre as disciplinas na construção e ações de saberes no interesse comum em
cooperação e diálogo entre conhecimentos disciplinares.
Interdisciplinaridade escolar é a difusão do conhecimento para estabelecer a ligação entre o aprendizado na complementação de disciplinas escolares. (Fazenda, 1998).
Interdisciplinaridade científica insere produção de novos conhecimentos em respostas às demandas sociais, entre ligações e ramificações da ciencia em formatar outro conceito.
Multidisciplinar envolve diferentes disciplinas em torno de um tema, apresentam-se no
mesmo nível de forma estagnada.
(Pluridisciplinaridade interação entre os conhecimentos disciplinares português, matemática, história geografia) e cooperação ao conteúdo programado numa relação de saberes.
Texto. LST de:
Referências bibliográficas
ALMEIDA, M. E. B. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo: PROEM
Edidora Ltda., 2001.
D’AMBRÓSIO, U.; INOUE, A. A.; MIGLIORI, R. Temas transversais e educação em valores
humanos. São Paulo: Peirópolis, 1999.
FAZENDA, I. C. A interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. Campinas: Papirus,
1994.
______. Didática e interdisciplinaridade. Campinas: Papirus, 1998.
JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.